O conhecimento situado e a pesquisa-ação como metodologias feministas e decoloniais: um estudo bibliométrico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18046/recs.i29.3186

Palabras clave:

conhecimento situado, pesquisa-ação, feminismo, decolonialidade

Resumen

A Sociologia, desde sua emergência no século XIX, foi aproximada das Ciências Naturais, na busca por sua cientificidade. Para isto, a objetividade e a neutralidade tornaram-se critérios fundamentais. A despeito desta tradição, a Teoria Feminista tem argumentado em defesa de um posicionamento científico crítico, engajado e transparente. Neste cenário, emergem as propostas metodológicas em torno do Conhecimento Situado e da Pesquisa-ação. O presente artigo tem como objetivos: (1) descrever o Conhecimento Situado e a Pesquisa-ação; (2) analisar o quanto e como estas perspectivas estão sendo utilizadas nos Estudos de Gênero da América Latina; (3) fomentar o uso destas metodologias. Para estes fins, utilizamos o Método de Pesquisa Bibliométrica. As conclusões demonstram um ínfimo número de artigos utilizando estas metodologias, ressaltando a necessidade de fortalecer e difundir este debate.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Mariana Selister-Gomes, Universidade Federal de Santa Maria

    Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (Brasil). Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Lisboa (Portugal). Mestra em Sociologia e Licenciada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil). Pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulhere Gênero (NIEM/UFRGS) e do Grupo de Estudos Gênero, Cultura e Saúde (GEPACS/UFSM). Coordenadora do Projeto “Metodologia Feminista e Decolonial: possibilidades e desafios”.

  • Eduarda Quatrin-Casarin, Universidade Federal de Santa Maria

    Acadêmica de Serviço Social na Universidade Federal de Santa Maria (Brasil). Bolsista de Iniciação Científica no Projeto “Metodologia Feminista e Decolonial: possibilidades e desafios”.

  • Giovana Duarte, Universidade Federal de Santa Maria

    Acadêmica de Ciências Sociais na Universidade Federal de Santa Maria (Brasil). Pesquisadora Voluntária de Iniciação Científica no Projeto “Metodologia Feminista e Decolonial: possibilidades e desafios”.

Referencias

Ackerly, Brooke; True, Jacqui (2010). Doing Feminist Research in Political & Social Science. New York: Palgrave Macmillan.

Araújo, Fernanda Santos; Vasconcellos, Bruna Mendes de (2018). Vivenciando o ser mulher em uma mina de carvão. Estudos Feministas, 26(1), 1-18.

Aron, Raymond (1999). As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo: Martins Fontes.

Barbosa, Regina Simões; Giffin, Karen (2007). Gênero, saúde reprodutiva e vida cotidiana em uma experiência de pesquisa-ação com jovens da Maré, Rio de Janeiro. Interface: Comunic, Saúde, Educ, 11(23), 549-567.

Bardin, Laurence (2011). Análise de Conteúdo. Lisboa: Almedina.

Beauvoir, Simone de (2009). O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Brah, Avtar (2006). Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, 26, 329-379.

Cabral, Carla (2006). Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, 27, 63-97.

Costa, Liana; Ribeiro, María Alexina; Penso, María Aparecida; Almeida, Tania Mara Campos de (2018). O desafio da supervisão e pesquisa-ação em casos de abuso sexual: os professores e as suas questões. Paidéia, 18(40), 355-370

Chadderton, Charlotte; Torrance, Harry (2015). Estudo de Casos. Em Teoria e Métodos de Pesquisa Social (pp. 90-99), editado por Bridget Somekh; Cathy Lewin. Petrópolis: Vozes.

Cupani, Alberto (2004). A ciência como conhecimento ‘situado’. Em Filosofia e história da ciência no Cone Sul: 3º Encontro (pp. 12-22), editado por Roberto de Andrade Martins; Lilian Al-Chueyr Pereira Martins; Cibelle Celestino Silva; Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira. Campinas: AFHIC.

Durkheim, Emile (2001). As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martin Claret.

Fals-Borda, Orlando (1973). Reflexiones sobre a aplicación del métodode Estudio-Acción en Colombia. Revista Mexicana de Sociología, 35(1), 49-62.

Franco, Maria Amélia Santoro (2005). Pedagogia da Pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, 31(3), 483-502.

Frankham, Jo; Macrae, Christina (2015). Etnografia. Em Teoria e Métodos de Pesquisa Social (pp. 69-78), editado por Bridget Somekh; Cathy Lewin. Petrópolis: Vozes.

Giddens, Anthony (2005). Sociologia. Porto Alegre: Artmed.

Gregório-Gil, Carmen (2014). Traspasando las fronteras dentro-fuera: Reflexiones desde una etnografía feminista. Revista de Antropología Iberoamericana, 9(3), 297-322.

Hall, Stuart (2006). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG.

Haraway, Donna (1995). Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminino e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41.

Harding, Sandra (1998). Is Science Multicultural? Postcolonialisms, Feminisms, and Epistemologies. Bloomington: Indiana University Press.

Kamler, Barbara; Thomson, Pat (2015). Trabalhando com literaturas. Em Teoria e Métodos de Pesquisa Social (pp. 45-55), editado por Bridget Somekh; Cathy Lewin. Petrópolis: Vozes.

Lee, Alisson; Petersen, Alan (2015). Análise do Discurso. Em Teoria e Métodos de Pesquisa Social (pp. 192-201), editado por Bridget Somekh; Cathy Lewin. Petrópolis: Vozes.

Löwy, Ilana (2000). Universalidade da ciência e conhecimentos ‘situados’. Cadernos pagu, 15, 15-38.

Lugones, María (2008). Colonialidad del Género. Tabula Rasa, 9, 73-101.

Noffke, Susan; Somekh, Bridget (2015) “Pesquisa de Ação”. Em Teoria e Métodos de Pesquisa Social (pp. 141-149), editado por Bridget Somekh; Cathy Lewin. Petrópolis: Vozes.

Oliveira, Érika Cecilia (2014). Contando estórias e inventando metodologias para discutir a violência contra as mulheres. Estudos Feministas, 22(1), 195-214.

Pateman, Carole (1993). O Contrato Sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Quijano, Anibal (2005). Colonialidad del Poder, Eurocentrismo y América Latina. Em A Colonialidade do Saber: Eurocentrismo e Ciências Sociais. Perspectivas Latino-americanas (pp. 117-142), editado por Edgardo Lander. Buenos Aires: CLACSO.

Rocha, Décio; Deusdará, Bruno (2005). Análise de conteúdo e análise do discurso: aproximações e afastamentos na (re) construção de uma trajetória. Alea, 7(2), 305-322.

Romero, Belén Agrela; Villena, Amalia Morales (2017). Trabajo social y estudios de género. Vindicando un espacio científico propio. Estudos Feministas, 26(2), 1-20.

Santos, Vívian Matias dos (2016). Uma “perspectiva parcial” sobre ser mulher, cientista e nordestina no Brasil. Estudos Feministas, 24(3), 801-824.

Scott, Joan (1986). Gender: A Useful Category of Historical Analysis. The American Historical Review, 91(5), 1053-1075.

Scott, Parry; Sardelich-Nascimento, Fernanda; Cordeiro, Rosineide; Nanes, Giselle (2016). Redes de Enfrentamento da Violência contra Mulheres no Sertão de Pernambuco. Estudos Feministas, 24(3), 851-870.

Severino, Antonio Joaquim (1996). Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez.

Tripp, David (2005). Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, 31(13), 443-466.

Weber, Max (1986). Sociologia. São Paulo: Ática.

Weber, Max (1995). Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix.

Publicado

2019-09-09

Cómo citar

Selister-Gomes, M., Quatrin-Casarin, E., & Duarte, G. (2019). O conhecimento situado e a pesquisa-ação como metodologias feministas e decoloniais: um estudo bibliométrico. Revista CS, (29), 47-72. https://doi.org/10.18046/recs.i29.3186